Atualizado: 16/12/14
Programa busca a obtenção de animais
geneticamente superiores especialmente nas pequenas propriedades mineiras, como
estratégia de apoio aos produtores locais A fim de fortalecer a produção
leiteira no Estado de Minas Gerais, o Governador Alberto Pinto Coelho assinou,
nesta terça-feira (16/12), no Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, decreto
que implementa o Pró-Fêmeas, iniciativa que visa à obtenção de animais
geneticamente superiores. O Pró-Fêmeas é uma extensão do Programa de Melhoria
da Qualidade Genética do Rebanho Bovino do Estado de Minas Gerais
(Pró-Genética). “Esse novo programa certamente terá o mesmo êxito de outras
iniciativas, que acabam se estendendo para o restante do país. Temos orgulho em
dizer que Minas tem vocação para o setor da agropecuária. O que me deixa
satisfeito é ver, que nos últimos 12 anos, Minas teve um aumento da participação
do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária passando de 9%, em 2002, para
13%, em 2013. São resultados como esse que mostram a competência do nosso
Estado e dos nossos organismos estatais de apoio ao produtor”, afirmou Alberto
Pinto Coelho. O Pró-Genética foi criado
em setembro de 2007 pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Seapa) para dar suporte à política de aprimoramento do rebanho
bovino mineiro, fortalecendo, assim, as cadeias produtivas da carne e do leite.
Durante a assinatura do decreto, o
secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, André Merlo,
explicou o motivo da ampliação do programa. “O Pró-Genética ofertava apenas touros.
Tivemos a ideia, já que Minas Gerais é o maior produtor de leite do país, de
ter uma atenção especial com as fêmeas. A ideia é que essas fêmeas sejam
ofertadas para melhorar o plantel, principalmente dos pequenos produtores
rurais, além de fortalecer a produção leiteira no Estado”, disse Merlo. A
iniciativa possibilitará a comercialização de fêmeas com idade entre 16 e 60
meses. Os animais precisam ter Registro Genealógico Definitivo (RGD) ou
Controle Genealógico Definitivo (CGD), exame negativo para brucelose e
tuberculose, aos 30 meses estar prenhe, aos 40 meses estar em lactação e/ou, no
mínimo, na segunda gestação. Os criadores interessados em participar do
programa devem procurar uma unidade da Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater), a Associação Brasileira dos
Criadores de Zebu (ABCZ) ou de Girolando. As ações do Pró-Fêmeas serão
realizadas com recursos financeiros previstos no orçamento do Governo do
Estado, créditos adicionais e recursos provenientes de crédito interno ou
externo, de parcerias entre o Estado e o setor privado, entre outras fontes.
Melhoramento de planteis
A proposta do Pró-Genética é estimular a
adoção do uso, em larga escala, de touros e fêmeas de alta qualidade genética
de diversas raças bovinas adaptadas para a produção de carne e leite nas
propriedades rurais do Estado. O
programa poderá oferecer a partir de 2018, em feiras e leilões, touros e fêmeas
geneticamente melhorados, com comprovação pelo programa genético oficializado
pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Somente, neste ano, foram realizadas, pelo
Pró-Genética, 40 feiras e leilões de touros, possibilitando a venda de cerca de
mil animais de origem comprovada. O valor obtido com a venda dos reprodutores
alcançou a média de R$ 5 mil a R$ 6 mil por cabeça.
Liderança no setor
Segundo o Instituto Mineiro de Agropecuária
(IMA), Minas conta com um rebanho bovino de 23,6 milhões de cabeças. As fêmeas
somam 15,6 milhões de cabeças, e o número de machos alcança 7,9 milhões. São
376 mil produtores rurais voltados para a bovinocultura. Minas produz
anualmente 8,8 bilhões de litros de leite, que lhe garantem a posição de maior
produtor do Brasil, com cerca 30% da produção nacional. O Estado responde ainda por uma produção
anual de cerca de um milhão de toneladas de carne bovina. Também participaram
do evento o secretário-geral da Governadoria, Custódio Mattos, o
controlador-geral do Estado, Júlio César dos Santos Esteves, o diretor-geral do
IMA, Altino Rodrigues Neto, os presidentes Flávio Eustáquio Ássimos Maroni
(Epamig) e Luiz Afonso Vaz de Oliveira (Ruralminas), o coordenador técnico de
Bovinocultura da Emater, Feliciano Nogueira, além do presidente da Associação
Brasileira de Criadores de Girolando, Jônadan Hsuan Min Ma, e do diretor da
Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, Rivaldo Machado Borges. A VOZ DO
POVO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário