Sem cargo a partir de janeiro, três das principais lideranças políticas do grupo do senador Aécio Neves em Minas vão se dedicar exclusivamente à articulação política a partir do ano que vem. É o caso de Alberto Pinto Coelho (PP), governador, Dinis Pinheiro (PP), presidente da Assembleia Legislativa, e Danilo de Castro, secretário de Governo. Depois de 20 anos ocupando cargos eletivos, Alberto assumirá de vez a tarefa de presidente estadual do PP. De estilo discreto, mas ao mesmo tempo agregador, terá como missão manter relações políticas com 69 prefeitos, cinco deputados estaduais e quatro deputados federais. Derrotado nas urnas, Dinis, que tem o nome ventilado para disputar a prefeitura da capital, atuará na região metropolitana da capital. Cotado para compor o primeiro escalão do governo Marcio Lacerda (PSB), o secretário Danilo de Castro (PSDB), não vai mais para a Prefeitura de Belo Horizonte. Em reunião com o ex-governador e senador eleito Antonio Anastasia (PSDB), realizada na última quinta-feira, ficou decido que Danilo será responsável pela estrutura partidária tucana. Homem forte desde os tempos do Palácio da Liberdade há 12 anos, Danilo é o principal articulador político do grupo tucano junto aos aliados do interior. Já a secretária Renata Vilhena aceitou convite feito pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e irá assumir um posto no primeiro escalão no Distrito Federal. Ana Lúcia Gazzola também foi chamada por Rollemberg, mas não quis assumir a secretaria de Educação por motivos pessoais.
Equipe de
Pimentel tem perfil político e já está formatada
Com
perfil político, a nova equipe do governador eleito Fernando Pimentel (PT) já
está formatada. De olho na disputa eleitoral de 2016, o PMDB é o aliado que
saiu mais fortalecido. Indicado pelo vice-governador Antônio Andrade, João Cruz
Reis Filho, lotado no Ministério da Agricultura, vai para secretaria de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento. João Cruz é um dos poucos com perfil
técnico. Filho do ex-prefeito de Montes Claros Luiz Tadeu Leite, o
deputado estadual Tadeu Leite (PMDB) irá para o Turismo e Esportes. Mais tarde
a pasta será desmembrada em duas para abrigar aliados do PCdoB. Crítico
ferrenho do governo nos últimos 12 anos, o deputado estadual Sávio Souza Cruz
(PMDB) será o Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Os
parlamentares petistas Miguel Corrêa Júnior, Odair Cunha e André Quintão vão
para Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana, Governo
e Trabalho e Desenvolvimento Social, respectivamente. A indicação de
Quintão contempla o grupo político do deputado federal Patrus Ananias (PT), que
concorre junto com Miguel pela candidatura petista à prefeitura da capital em
2016. Helvécio Magalhães, que será secretário de Planejamento, é a terceira via
na sucessão de Marcio Lacerda (PSB). Além de cargos no primeiro escalão, o PMDB
conquistou o comando da Assembleia Legislativa. Adalclever Lopes (PMDB) será o
presidente da Casa. O atual ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, Mauro Borges, ex-diretor do BNDES, está praticamente certo na
presidência da Cemig. Para a Copasa, Paulo Moura, ex-secretário de Pimentel na
prefeitura, é o mais cotado. Mas o destino também pode ser a pasta de
Desenvolvimento Econômico. Na Fhemig, o indicado é Jorge Nahas, ex-secretário
da PBH. Na Codemig, o nome ventilado é o de Marco Antônio Castello Branco, que
teve passagem conturbada pela Usiminas. Castello Branco pode, no entanto, ser
indicado para o Desenvolvimento Econômico. Defensor da Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) 37 no Congresso Nacional, o deputado Bernardo Santana (PR)
será o novo secretário de Defesa Social. Santana A PEC 37 previa, entre
outras coisas, vetar o poder de investigação do Ministério Público (MP). A
medida não foi aprovada. Para compensar a indicação política, especula-se que o
secretário-adjunto saia dos quadros das polícias civil ou federal. G1/ AVOZ DO
POVO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário