Atualizado: 25/12/14.
O líder quilombola nacional, “Jose Antônio
Ventura”, afirmou: "Há algo errado quando em 12 anos, apenas 50 Quilombos
foram titulados pelo “Governo Federal” A criação de uma Confederação Nacional
de Comunidades Quilombolas será discutida no dia 23.01. 15 em evento na OAB RJ, de forma a poder ingressar com ações
proativas no “Supremo Tribunal Federal”. Segundo relato do advogado “Humberto
Adami” em seu blog, os quilombolas insatisfeitos com a demora na aplicação das
políticas voltadas para titulação de suas terras, planejam discutir no próximo
23 de Janeiro, na OAB-RJ a formação de uma “Confederação Nacional Quilombola”,
para que possam assumir o protagonismo de suas lutas. Ainda segundo o advogado
do IARA, Adami, que esteve em recente visita ao Quilombo dos Ventura, em Patos
de Minas, Minas Gerais, o líder quilombola nacional, “Jose Antônio Ventura”,
afirmou: “Há algo errado quando em 12 anos, apenas 50 Quilombos foram titulados
pelo Governo Federal”. A ausência de iniciativa dos quilombolas nas ações junto
ao Judiciário, foi também apontada como a causa do marasmo e morosidade, em que
a titulação de terras encontra o cenário nacional, foram questões também
levantadas pelo dirigente da Frente Nacional Quilombola. Foi também confirmado
que as ações judiciais são quase sempre em reação às iniciativas de terceiros, grileiros e
fazendeiros entre outros, contra os direitos dos Quilombolas. Segundo o
advogado Adami relata em seu blog, existem também muitas reclamações por parte
dos quilombolas, quanto à excessiva tutelas de ONGs, que praticamente dominam e
muitas vezes não repassam as informações necessárias ao avanço da luta
quilombola. A ineficiência de gestão estatal, tem sido também alvo de crítica
por parte das lideranças quilombolas, conforme a Mamapress, ouviu de várias
lideranças quilombolas do RJ, Bahia, Cearaá e Rio Grande do Sul. ‘”É o caso do
baixo percentual de execução da dotação orçamentária do “Programa Brasil
Quilombola”, que apesar da extrema necessidade e dificuldades pelas quais os
quilombos passam, não conseguiu aplicar o valor orçado em 500 milhões de reais
por inoperância administrativa. Para que expliquem as razões da demora na
aplicação dos recursos, os 11 ministérios que atendem envolvidos com a questão
quilombola, encontram-se em auditoria operacional no TCU (Tribunal de Contas da
União), por iniciativa do IARA INSTITUTO de ADVOCACIA RACIAL e AMBIENTAL e da FRENTE NACIONAL
QUILOMBOLA. Para o evento de 23.1.2015, já confirmado pelo Presidente da
Comissão de Igualdade da OAB RJ, advogado Marcelo Dias, com o titulo “Desafios
Quilombolas em 2015: ADI 3239 e republicação do Decreto 4887″, serão convidados
todos os setores envolvidos a participar, os pro e os contra, de forma a
democratizar e aprofundar o debate, para que um maior público tome conhecimento
da situação quilombola no momento. Damiao Braga, do Quilombo Pedra do Sal e
Frente Nacional Quilombola, e Luis Sacopã, do Quilombo do Sacopa e AQUILERJ ,
ja confirmaram presença. A transformação da FRENTE QUILOMBOLA em Confederação , ou a criação de
uma nova entidade apta a propor ações junto ao STF, criará um novo quadro, que
transforme o ambiente de marasmo e imobilismo nas titulações dos Quilombos,
conforme foi denunciado pelo então Presidente do Supremo Tribunal Federal,
César Peluso, em seu voto na ADI 3239. Existe a necessidade de aperfeiçoamentos
que podem ser efetuados no decreto, e que podem influenciar positivamente no julgamento. Lideranças quilombolas do Rio
Grande do Sul e de outros estados já estão sendo contatadas. Representantes dos
povos indígenas, que também enfrentam problemas semelhantes como se pode
observar na luta conta a PEC 215, também estão sendo convidado para trocarem
experiências. Eduardo Araujo, Presidente do Sindicato dos Bancários DF será
convidado a participar. Frei Davi foi contatado recentemente e ficou de acertar
logo no inicio do ano eventual participação. Da mesma forma, o Presidente do
Conselho Federal da OAB, advogado Marcus Vinicius asseverou que a Ordem pode
auxiliar na solução do assunto, inclusive com a novel Comissão Nacional da
Verdade sobre a Escravidão Negra no Brasil. A VOZ DO POVO.
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