Atualizado: 15/12/14
O ex-prefeito de Patrocínio, Júlio César
Elias Cardoso, detido no último sábado (13) sob suspeita de abusar sexualmente
de uma menina de sete anos, pode responder por estupro de vulnerável, crime em
que a pena é de oito a 15 anos de prisão. A informação foi confirmada pela
delegada Laís Veiga Caetano, responsável pelo caso. Até a manhã desta
segunda-feira (15), o suspeito permanecia preso na cidade do Alto Paranaíba, em
uma cela separada na Penitenciária Deputado Expedito de Faria Tavares. O
político nega o crime. A família é vizinha do suspeito e a vítima estava
brincando com a filha do ex-prefeito. De acordo com o pai da menina, a criança
relatou o ocorrido durante o caminho de volta para casa. “Ela contou que estava
no quarto brincando com a amiga, quando o Júlio Elias pediu para ela lamber o
pênis dele. Para a delegada, ela também afirmou que a amiga disse que o pai
também já havia feito o mesmo com ela." Segundo a mãe da vítima, ela ficou
revoltada ao saber da situação. “Meu marido voltou até a casa do político, que
se trancou dentro da casa. Indignada, liguei para a polícia”, conta a mãe da
vítima. Ainda de acordo com a mãe, a filha sofrerá as consequências da ação.
“Criamos nossos filhos com muito amor e carinho e vem uma pessoa dessa
traumatizar a menina. Isso é um trauma que minha filha vai carregar por não sei
quanto tempo”, afirma a mãe. A
delegada responsável pelo caso, Laís Veiga Caetano, informou que a prisão de
Júlio Elias foi ratificada pelo artigo 217 A do código penal, de estupro de
vulnerável, em que a pena é de oito a 15 anos de prisão. "A vítima, apesar
da pouca idade, é uma criança bastante inteligente, que sabe falar
corretamente, com coerência dos fatos e eu entendi que foi suficiente para a
ratificação do flagrante", disse. Ainda segundo a delegada, a investigação
continua. “O fato será melhor investigado, pois até o momento não há
comprovação nenhuma sobre o caso”, relata a delegada. O ex-prefeito e nega o
crime contra a criança e afirma que a acusação é perseguição política. “O que
estão fazendo comigo é perseguição à minha vida pessoal, profissional e
familiar”, afirmou o político. O advogado do suspeito, Erli Voltoline Junior,
disse que está preparando a defesa e vai entrar ainda essa semana com um pedido
de habeas corpus, no Tribunal de Justiça em Belo Horizonte. Na tarde desta
segunda-feira (15), a delegada Especializada de Atendimento à Mulher deve ouvir
a esposa de Júlio Elias e a filha dele, para apurar a denúncia de abuso contra
ela também
Histórico
Júlio César Elias Cardoso tem 55 anos e foi
prefeito de Patrocínio por duas vezes, no período de 1993 a 1996 e de 2005 a
2008. Em 2102 ele tentou voltar à Prefeitura, mas teve o registro impugnando
pela Justiça e antes de terminar o processo, renunciou à disputa. O ex-prefeito
foi detido na noite de sábado (13) sob suspeita de abusar de uma menina de sete
anos, amiga de sua filha. Segundo o Boletim de Ocorrências registrado pela
polícia, a garota brincava na casa do suspeito, quando ele teria se aproveitado
de uma oportunidade em que ela ficou sozinha para obrigá-la a colocar a boca em
seu pênis. À polícia, Júlio César negou as acusações e disse que se trata de
perseguição política. Uma guarnição foi encaminhada à residência do suspeito,
que foi autuado por estupro de vulnerável. O ex-político foi encaminhado para o
presídio de Patrocínio no domingo (14), onde permanecer até posicionamento da
Justiça, já que o crime pelo qual irá responder não cabe fiança. Fonte: G1/
AVOZ DO POVO.
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