PATOS
DE MINAS MG, Pedro Lucas e três secretários são alvos de nova ação do Ministério
Público O alvo do Ministério Público desta vez é a série de contratações feitas
pela Administração Municipal sem concurso público. O prefeito Pedro Lucas
Rodrigues terá que responder a mais uma Ação Civil Pública por Atos de
Improbidade Administrativa. O alvo do Ministério Público desta vez é a série de
contratações feitas pela Administração Municipal, através de processos
seletivos simplificados, sem a realização de concurso público. Também são réus
na ação, o secretário municipal de saúde, Dirceu Deocleciano Pacheco, a
secretária municipal de educação, Marlene Machado Porto, e o secretário
municipal de administração, Pérsio Ferreira de Barros. A Ação Civil Pública movida pelo Ministério
Público questiona os dois processos seletivos realizados este ano pela
Administração Municipal para a contratação de servidores para a Secretaria
Municipal de Educação e para a Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com o
promotor Paulo César de Freitas, com o argumento de que não dispunha de tempo
para a contratação de empresa especializada em processos seletivos, a
Prefeitura contratou médicos e professores sem a realização de concurso
público. Para o Ministério Público, a
justificativa da Administração Municipal não procede, tendo em vista que já se
passaram quase dois anos da atual gestão e nada foi feito na tentativa de
realizar um concurso público. “Poderiam, os suplicados, caso pretendessem realmente
seguir os ditames constitucionais, ter realizado concurso público amplo e
geral, para todo o quadro de servidores municipais, incluindo o quadro de
reservas com ênfase nas áreas mais penalizadas, como saúde e a educação. Houve
tempo suficiente pra isso. E prova maior de que os suplicados laboram com dolo
manifesto de descumprir a Constituição Federal, é que mesmo dispondo de
servidores na lista de espera de concursos anteriores não os convocou, optando
por novas contratações por obliquas e reprováveis vias”, destacou o promotor. O Ministério Público também questiona os
métodos utilizados pela Administração Municipal nos processos seletivos. “...um
teratológico procedimento de hipotética seleção, que beira as raias do absurdo
ao pretender contratar médicos, professores e outros importantes profissionais
sem submetê-los sequer a uma singela prova de conhecimentos práticos e
teóricos. Nem mesmo uma empresa privada recrutaria pessoal de forma tão
irresponsável”, argumentou Paulo César de Freitas. Além da suspeita em torno dos critérios usados
nos processos seletivos, que o Ministério Público chamou de pouco ortodoxos e
de difícil controle e fiscalização, também há reclamação de possíveis
candidatos que foram excluídos. O edital para a contratação de professores, por
exemplo, vedava a participação de candidatos que ainda não possuíam título de
graduação, mas que estariam formados e aptos a exercerem tais funções na data
da posse, o que é inconstitucional segundo a promotoria de justiça. De acordo com o Ministério Público, o prefeito
Pedro Lucas e os secretários Dirceu Deocleciano Pacheco, Marlene Machado Porto
e Pérsio Barros, responsáveis pela contratação dos servidores, atentaram contra
os princípios da legalidade, da impessoalidade, da eficiência, faltando com os
deveres de imparcialidade e honestidade com a coisa pública. E, segundo o
órgão, o fizeram com dolo manifesto, a caracterizar a improbidade
administrativa, uma vez que o Ministério Público expediu recomendação alertando
das irregularidades nos processos seletivos. Diante disso, o Ministério Público pediu a
anulação dos processos seletivos e exoneração imediata dos servidores
contratados de forma irregular, realização de concurso público para o
preenchimento das vagas existentes e a condenação dos réus por atos de
improbidade administrativa com a perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos de três a cinco anos e multa diária no valor de R$5.000,00
em caso de descumprimento. De acordo com
a Procuradoria-Geral do Município, os órgãos públicos mencionados não receberam
nenhuma citação do referido processo. Assim que a administração municipal tiver
conhecimento dos fatos tomará as providências cabíveis, uma vez que tais
serviços questionados pelo Ministério Público, são considerados essenciais à
população e tais contratações estão amplamente amparadas pelas legislações
municipal e federal. Autor: Maurício
Rocha patos hoje.
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