A VOZ DO POVO

23 janeiro 2015

Presidente do “Quilombo do Alto Paranaíba” de Serra do Salitre José Antônio Ventura participa da criação da “CONFEDERAÇÃO NACIONAL QUILOMBOLA” no Rio de Janeiro. Na sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Atualizado: 24/01/15.
Na sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Rio de Janeiro foi criado a “CONFEDERAÇÃO NACIONAL QUILOMBOLA” como entidade representativa nacional dos interesses quilombolas e da luta contra o racismo e titulação de terras quilombolas. O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) criou a Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil, no âmbito da entidade, para investigar os fatos relativos à escravidão de africanos e seus descendentes. A intenção, também, é fazer um resgate histórico e da contribuição da população negra para o desenvolvimento do país. Para o presidente do Instituto da Advocacia Racial e Ambiental, Humberto Adami, cria um espaço para a escravidão do negro ser passada a limpo. “Para que se consiga ver o que aconteceu, a tragédia e o holocausto do povo negro, do povo africano no Brasil, e a partir daí se possa buscar com mais firmeza a aplicação de política de ação afirmativa, para que os brasileiros que estão em uma situação de cidadão de segunda classe partam para a verdadeira igualdade”, disse. Em sessão plenária, o conselho decidiu, ainda, encaminhar ao governo federal a proposta de instalar a comissão da escravidão negra nos moldes da Comissão Nacional da Verdade (CNV) que investiga as violações de direitos humanos durante o regime militar, entre 1964 e 1985. Segundo Adami, além do resgate histórico, é possível discutir a reparação e avaliar as condições de desigualdade nos campos político, econômico, de mercado de trabalho, das questões quilombolas e das religiões de matriz africana. “Na verdade, você transforma e refunda a República ao trazer a reparação da escravidão para uma discussão franca e aberta, como tiveram os judeus, os japoneses da época do macarthismo e outros grupos humanos que passaram por períodos de discriminação. Apenas para a população negra isso ainda não foi concedido”, disse Adami. Os membros da comissão da OAB devem ser escolhidos e nomeados até o próximo mês. Vice-presidente da Comissão Nacional da Promoção da Igualdade e também da nova comissão, Humberto Adami afirmou que a OAB entra para a história com a criação da comissão sobre escravidão. “Estamos fazendo história hoje. A criação dessa comissão é um importante passo dentro de uma grande história. Buscar saber o que aconteceu colocará o Brasil de frente para si mesmo, onde hoje existem cidadãos de duas categorias”, afirmou Adami, que defendeu também a criação de um fundo de reparação no contexto da comissão que apurará a escravidão. A VOZ DO POVO.
 

 
 




 

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