Atualizado:18/11/14
O ex-goleiro do Santos
e filho de Pelé, Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, foi preso novamente na
tarde desta terça-feira em Praia Grande. De acordo com informações da Polícia
Civil, o ex-jogador teria ido ao Fórum da cidade para cumprir uma medida
cautelar que exigia que ele comparecesse mensalmente em juízo e registrasse sua
rotina. Ao chegar ao local, acompanhado de um de seus advogados, Edinho foi
preso devido a uma ordem de captura definitiva ter sido expedida pela Justiça.
O ex-goleiro foi transferido até o Distrito Policial Sede do município, onde
deverá ficar preso. O Edinho não teve nenhuma atitude extrema, mas é claro que
a pessoa fica abalada com uma notícia dessas. Sobre a transferência, em razão
da hora em que ele foi detido, a cadeia não poderia mais recebê-lo. Enquanto
isso, ele vai ficar na cela da delegacia, esperando que seja decidido para qual
sistema prisional será encaminhado. Isso deve ocorrer nesta quarta ou, no
máximo, na quinta-feira - disse o delegado Aloísio Pires de Araújo, titular da
Delegacia Sede de Praia Grande. A defesa do filho de
Pelé deve entrar com um pedido de habeas corpus ainda nesta terça-feira,
tentando reverter a ordem que determina que Edinho seja encaminhado para a
prisão. Segundo a assessoria de Pelé, ele deve se pronunciar sobre o assunto
ainda nesta terça-feira. Condenação No dia 30 de maio, Edinho foi condenado a
33 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico
de drogas após decisão da juíza Suzana Pereira da Silva, auxiliar da 1ª Vara
Criminal de Praia Grande. Com a possibilidade da prisão, uma vez que a Justiça
não permite que ele deixe o país, o ex-goleiro, que respondia ao processo em
liberdade, precisava entregar seu passaporte no cartório do 1° Ofício Criminal
da cidade. A medida era para evitar que ele deixasse o Brasil antes da decisão
final. Edinho foi preso no dia 7 de julho por não ter apresentado seu
passaporte à Justiça, uma das exigências para permanecer em liberdade. Eugênio
Malavasi, advogado de Edinho, conseguiu um habeas corpus para liberar o
cliente, concedido pelo desembargador Lauro Mens de Mello. No entanto, segundo
a decisão, o filho de Pelé teria que ser monitorado 24 horas por uma
tornozeleira eletrônica, equipamento ao qual a Polícia Civil não tem acesso, o
que impossibilitou a libertação imediata de Edinho. Malavasi foi a São Paulo e
conseguiu obter um novo alvará de soltura, expedido pelo desembargador José Antônio
de Paula Santos Neto, que não exigia a tornozeleira. No alvará de soltura,
constavam ainda algumas exigências. Edinho teria que se apresentar à Justiça
uma vez por mês e caso ele mudasse de endereço ou saísse da cidade por mais de
oito dias também teria que avisar formalmente. O caso Edinho foi preso com
outras 17 pessoas pela Operação Indra em junho de 2005, realizada pelo
Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), acusado de ligação com
uma organização de tráfico de drogas comandada por Naldinho na Baixada
Santista. Após seis meses em prisão provisória, foi solto com liminar em habeas
corpus concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em janeiro de 2006, teve
a prisão decretada com o aditamento da denúncia, que passou a incluir o crime
de lavagem de dinheiro. Mas obteve o direito de permanecer em liberdade graças
a uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Nenhum comentário:
Postar um comentário